tag:blogger.com,1999:blog-11195594082781370252024-03-07T05:50:55.752-03:00A Minha BuscaSó vim a entender
O SENTIDO da minha busca
quando DESCOBRI que
sempre estive À MINHA PROCURA!
Passei "metade" da minha vida BUSCANDO entender QUEM EU SOU, PRA QUE ESTOU AQUI e como SER EU MESMO. Agora que ENCONTREI O MEU CAMINHO, quero seguir em frente crescendo, aprendendo e ensinando, VIVENDO "a outra metade" da minha vida UM DIA DE CADA VEZ e da melhor forma possível:
SENDO, AMANDO E APRENDENDO. - "TODO DIA É DE VIVER PARA SER O QUE FOR E SER TUDO"A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.comBlogger211125tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-91753038608392921652014-12-28T21:08:00.002-02:002014-12-28T21:10:07.929-02:00GRUDOU<div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_54a08d2b7ce359375111302" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
<span style="line-height: 19.3199996948242px;">A mulher veio de longe</span></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
e trazia uma criança.<br />
Vadiava por aí.<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br />Brincou com o velho,<br />resgatou o homem<br />e o menino.<br />Beberam, comeram e dançaram.<br />A madrugada inteira.</span></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></div>
<div class="text_exposed_show" style="display: inline;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
O velho passou a caneta pro homem.<br />
O menino agora sorria e brincava.<br />
A mulher voltou pra casa cansada.<br />
A criança queria começar tudo de novo.</div>
<div style="margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
As crianças se entenderam.<br />
Os adultos se completaram.<br />
O velho apenas assistiu.<br />
Ainda achava que não tinha valor.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
As amigas não entenderam nada.<br />
Os amigos vão levar um susto.<br />
A lua de Saulo circulou.<br />
Ela pode nos guiar.<br />
Deixa de besteira!!!</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<a class="profileLink" data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=663559432" href="https://www.facebook.com/fcopereira" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Francisco Pereira</a></div>
</div>
</div>
<span class="userContentSecondary _c24" style="background-color: white; color: #4e5665; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">— <img alt="" class="_51mq img" height="16" src="https://fbstatic-a.akamaihd.net/rsrc.php/v2/yl/r/PD_XTRuf0V2.png" style="border: 0px; margin-right: 3px; vertical-align: -2.9px;" width="16" />se sentindo revigorado.</span>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-81120674270256062262013-09-13T07:03:00.002-03:002013-09-13T07:03:39.431-03:00Think different (Apple)<div style="text-align: -webkit-auto;">
<span style="color: #0b5394;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); text-align: left;">“Isto é para os loucos. </span><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); text-align: left;">Os desajustados. </span></span></div>
<div style="text-align: -webkit-auto;">
<span style="color: #0b5394;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); text-align: left;">Os rebeldes. </span><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); text-align: left;">Os encrenqueiros. </span></span></div>
<div style="text-align: -webkit-auto;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); text-align: left;"><span style="color: #0b5394;">Os pinos redondos em buracos quadrados. </span></span></div>
<div style="text-align: -webkit-auto;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); text-align: left;"><span style="color: #0b5394;">Os que enxergam as coisas de um jeito diferente. </span></span></div>
<div style="text-align: -webkit-auto;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); text-align: left;"><span style="color: #0b5394;">Eles não gostam muito de regras. Eles não respeitam o status quo.</span></span></div>
<div style="text-align: -webkit-auto;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); text-align: left;"><span style="color: #0b5394;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: -webkit-auto;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); text-align: left;"><span style="color: #0b5394;">Pode-se citá-los, discordar deles, exaltá-los ou difamá-los. </span></span></div>
<div style="text-align: -webkit-auto;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); text-align: left;"><span style="color: #0b5394;">A única coisa que não se pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. </span></span></div>
<div style="text-align: -webkit-auto;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); text-align: left;"><span style="color: #0b5394;">Eles empurram a raça humana para a frente.</span></span></div>
<div style="text-align: -webkit-auto;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); text-align: left;"><span style="color: #0b5394;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: -webkit-auto;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); text-align: left;"><span style="color: #0b5394;">E, enquanto alguns os julgam loucos, nós os julgamos gênios. </span></span></div>
<div style="text-align: -webkit-auto;">
<span style="color: #0b5394;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); text-align: left;">Porque <b>as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo... </b></span><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0); text-align: left;"><b>são as que mudam.”</b></span></span></div>
A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-40289834407698798412011-09-17T10:59:00.003-03:002011-09-17T11:03:22.568-03:00Do Caminho<span style="color: blue;">Do blog do Paulo Coelho no G1</span><br />
<a href="http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/"><span style="color: blue;">http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/</span></a><br />
<span style="color: blue;"><br /></span><br />
<span style="color: blue;">A tradição oral listou os dez passos do Caminho espiritual:</span><br />
<span style="color: blue;"><br /></span><br />
<span style="color: blue;">A inquietação: a pessoa percebe que precisa mudar de vida, seja por tédio
seja por sofrimento.</span><br />
<span style="color: blue;"><br /></span><br />
<span style="color: blue;">A busca: vem a decisão da mudança. A busca se dá com livros, cursos,
encontros.</span><br />
<span style="color: blue;"><br /></span><br />
<span style="color: blue;">A decepção: começam as trocas de caminho. Aquele que está buscando percebe os
problemas e defeitos dos que ensinam. Por mais que mude de corrente filosófica,
religião, ou sociedade secreta, encontra os problemas clássicos: vaidade e busca
de poder.</span><br />
<span style="color: blue;"><br /></span><br />
<span style="color: blue;">A negação: é comum abandonar o caminho depois de constatar que os que estão
nele ainda não resolveram seus problemas. </span><br />
<span style="color: blue;"><br /></span><br />
<span style="color: blue;">A angústia: o caminho foi abandonado, mas uma semente foi plantada: a fé. E
cresce dia e noite. A pessoa sente-se desconfortável, com a sensação de que
descobriu e perdeu.</span><br />
<span style="color: blue;"><br /></span><br />
<span style="color: blue;">O retorno: por causa de outra ruptura séria – uma tragédia, um êxtase, etc.-
a pessoa descobre que sua Fé está viva. E a fé, se for bem cultivada, resiste a
qualquer decepção.</span><br />
<span style="color: blue;"><br /></span><br />
<span style="color: blue;">O mestre: o momento mais perigoso. Mestre são apenas pessoas experientes. O
caminho é individual, mas – neste momento – pode desvirtuar-se, e virar
coletivo.</span><br />
<span style="color: blue;"><br /></span><br />
<span style="color: blue;">Os sinais: o caminho se mostra por si mesmo. Através dos sinais, Deus lhe
ensina o que precisa saber.</span><br />
<span style="color: blue;"><br /></span><br />
<span style="color: blue;">A noite escura: são feitas as Escolhas. A pessoa muda sua vida, e dá seus
passos – apesar do medo.</span><br />
<span style="color: blue;"><br /></span><br />
<span style="color: blue;">A comunhão: é o momento em que, como dizia São Paulo, a própria Divindade
passa a habitar a pessoa. O mistério dos milagres se manifesta em toda maravilha
e grandeza.</span>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-10401690659852688042011-07-21T06:46:00.000-03:002011-07-21T06:46:28.733-03:00O crime como categoria política<em>Do blog do Reinaldo Azevedo</em><br />
<br />
<div class="postConteudo"><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Os petistas dizem se preocupar tanto com a desigualdade social não por humanismo ou por senso de justiça, mas porque ela oferece um excelente pretexto para o estado autoritário e confere certo sentido moral às ilegalidades praticadas para a construção da hegemonia partidária. As misérias humanas — e a conseqüente necessidade de criar o novo homem </span><span style="color: black;">—</span><span style="color: black;"> são o fundamento dos dois grandes totalitarismos do século passado: fascismo e comunismo. Ambos têm mais em comum do que gostam de admitir fascistas e comunistas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Não existe regime de força que não tenha se instalado prometendo promover o bem comum. Aliás, as tiranias precisam esvaziar os indivíduos de todas as suas verdades e necessidades “egoístas” em nome da coletividade, que será representada por um partido ou por um condutor das massas </span><span style="color: black;">—</span><span style="color: black;"> em certos casos, por ambos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Todos nos fartamos do discurso de Luiz Inácio Apedeuta da Silva, que se apresentou como o “pai” do povo, saindo, como anunciava a propaganda eleitoral petista, para deixar em seu lugar a “mãe de todos os brasileiros”. Ditadores e candidatos a tiranos gostam da idéia de que são chefes de uma grande família, da qual esperam uma ativa e entusiasmada obediência. Afinal, “eles” sabem o que é melhor para “nós”, mergulhados que estamos em nosso egoísmo, comprometidos com uma visão parcial de mundo, sem entender, muitas vezes, as decisões que são tomadas para nos salvar… Quem de nós nunca discordou, afinal, a seu tempo, de uma decisão do pai ou da mãe? Impossível, no entanto, supor que agissem para nos prejudicar. Tampouco imaginávamos tomar para nós o lugar da autoridade. Pais e filhos não são </span><span style="color: black;">—</span><span style="color: black;"> e nem devem ser </span><span style="color: black;">—</span><span style="color: black;"> uma comunidade democrática, certo?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">O PT se consolidou com a fantasia de que um partido </span><span style="color: black;">—</span><span style="color: black;"> e, dentro desse partido, um homem, o pai </span><span style="color: black;">—</span><span style="color: black;"> seria o porta-voz dos excluídos, que, afinal, estariam reivindicando a sua cidadania. De modo emblemático, Lula passou várias antevésperas de Natal em companhia dos catadores de papelão, tornados “cidadãos-recicladores”. Estava anunciando, diante de uma imprensa freqüentemente basbaque, que excluídos também são cidadãos, ainda que dentro de sua exclusão. Um líder e um partido, ungidos pela necessidade de “mudar o Brasil”, podem atropelar leis, moralidade, costumes, valores, tudo… Estão imbuídos de uma missão.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Apurem bem os ouvidos. Ouve-se já certo sussurro. Talvez se torne um alarido. Mas o que é isso? O que será que será que andam suspirando pelas alcovas e sussurrando em versos e trovas? O que será, que será que andam combinando no breu das tocas, que andam acendendo velas nos becos e já estão falando alto pelos botecos? O que será, que será que não tem conserto nem nunca terá? O que não tem tamanho… Cito este plágio que Chico Buarque fez de Cecília Meireles (<em>Romanceiro da Inconfidência)</em> para emprestar, assim, certa grandeza poético-dramática a mais uma conspiração dos petistas contra a moralidade, o dinheiro público, a decência e tudo o mais que vocês julgarem adequado a homens de bem.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Lula já fez saber ao mercado político que ele não concorda com a “execução sumária” dos patriotas do PR. E fez chegar a sua avaliação na forma de uma “preocupação”. Estaria temendo o isolamento de Dilma Rousseff. José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, afirmou ontem que vai avaliar se há motivos suficientes para a Polícia Federal abrir um inquérito para apurar as sem-vergonhices no Ministério dos Transportes. Já foram demitidas 16 pessoas da cúpula da pasta e do Dnit, mas ele está cheio de dúvidas. Tarso Genro (PT), atual governador do Rio Grande do Sul e chefe da Polícia Federal (era ministro da Justiça) quando se deu boa parte da bandalheira, saiu ontem em defesa de seu amigo Hideraldo Caron, um dos chefões do Dnit, mantido até agora no cargo. Ele é petista. Tarso deixou claro: se o homem fez algo de errado, não foi em benefício pessoal.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">É a primeira vez que se ouve voz assim no PT? Claro que não! Nem é necessário remontar ao mensalão. Durante a crise que colheu Antonio Palocci, Gleisi Hoffmann, hoje sua sucessora, mas senadora à época (PT-PR), deixou claro que não conseguia defender o então ministro por uma razão simples: ele tinha agido apenas em defesa do próprio interesse. Ou seja: no caso do mensalão ou dos saloprados, crimes foram cometidos em benefício do… partido! Nesse caso, tudo bem…</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Setores do PT estão pedindo, em suma, que tudo fique como está. Seu esforço em favor da impunidade, no entanto, teria, sim, uma raiz ética, entendem? Insistir na investigação pode prejudicar o partido, a convivência com os aliados, a agenda que o governo tem pela frente, incluindo, obviamente, os pacotes sociais destinados a combater a miséria. Tarso chegou a indagar por que essas notícias só apareceram agora… Conhecedor da arte de desestabilizar governos (como experimentou Yeda Crusius), ele conspira em favor da impunidade ao sugerir que há uma conspiração contra os patriotas do Ministério dos Transportes…</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Foi-se o tempo “esse-dinheiro-não-é-meu”, de Paulo Maluf! Mesmo para ele, o errado era “errado” e, por isso, negava tudo. Não há nada a favor desse emblemático político a não ser uma coisinha: nunca tentou chamar crimes de virtudes </span><span style="color: black;">—</span><span style="color: black;"> negando, claro!, que os tivesse cometido. Com o petismo, é diferente: o roubo e a lambança em nome da causa têm um propósito superior. Fazer sacanagem para enriquecer é reprovável; para construir o partido, bem, aí é não só aceitável como pode distinguir o militante com uma medalha de “Honra ao Mérito”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">À medida que a lei é afrontada com tal vigor e que o malfeito vira um instrumento corriqueiro da ação política, os brasileiros têm expropriada a sua cidadania. Se para eles, todo excluído é cidadão, que mal há em considerar todo cidadão um excluído?</span></div></div><i>Por Reinaldo Azevedo</i>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-89259174845503945432011-07-21T06:44:00.003-03:002011-07-21T06:48:58.570-03:00Por que o brasileiro não se indigna e não vai à praça protestar contra a corrupção? Ensaio uma resposta antes de alguns dias de folga<div class="postConteudo"><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Juan Arias, correspondente do jornal espanhol <em>El País</em> no Brasil, escreveu no dia 7 um artigo indagando onde estão os indignados do Brasil. Por que não ocupam as praças para protestar contra a corrupção e os desmandos? Não saberiam os brasileiros reagir à hipocrisia e à falta de ética dos políticos? Será mesmo este um país cujo povo tem uma índole de tal sorte pacífica que se contentaria com tão pouco? Publiquei, posts abaixo, a íntegra de seu texto. Afirmei que ensaiaria uma resposta, até porque a indagação de Arias, um excelente jornalista, é procedente e toca, entendo, numa questão essencial dos dias que correm. A resposta não é simples nem linear. Há vários fatores distintos que se conjugam. Vamos lá.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><strong>Povo privatizado</strong></span><br />
<span style="color: black;">O “povo” não está nas ruas, meu caro Juan, porque foi privatizado pelo PT. Note que recorro àquele expediente detestável de pôr aspas na palavra “povo” para indicar que o sentido não é bem o usual, o corriqueiro, aquele de dicionário. Até porque este escriba não acredita no “povo” como ente de valor abstrato, que se materializa na massa na rua. Eu acredito em “povos” dentro de um povo, em correntes de opinião, em militância, em grupos organizados — e pouco importa se o que os mobiliza é o Facebook, o Twitter, o megafone ou o sino de uma igreja. Não existe movimento popular espontâneo. Essa é uma das tolices da esquerda de matriz anarquista, que o bolchevismo e o fascismo se encarregaram de desmoralizar a seu tempo. O “povo na rua” será sempre o “povo na rua mobilizado por alguém”. Numa anotação à margem: é isso o que me faz ver com reserva crítica — o que não quer dizer necessariamente “desagrado” — a dita “Primavera Árabe”. Alguém convoca os “povos”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">No Brasil, as esquerdas, os petistas em particular, desde a redemocratização, têm uma espécie de monopólio da praça. Disse Castro Alves: “A praça é do povo como o céu é do condor”. Disse Caetano Veloso: “A praça é do povo como o céu é do avião” (era um otimista; acreditava na modernização do Bananão). Disse Lula: “A praça é do povo como o povo é do PT”. Sim, responderei ao longo do texto por que os não-petistas não vão às ruas quase nunca. Um minutinho. Seguindo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">O “povo” não está nas ruas, meu caro Juan Arias, porque o PT compra, por exemplo, o MST com o dinheiro que repassa a suas entidades não exatamente para fazer reforma agrária, mas para manter ativo o próprio aparelho político — às vezes crítico ao governo, mas sempre unido numa disputa eleitoral. Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad, ministro da Educação e candidato <em>in pectore</em> do Apedeuta à Prefeitura de São Paulo, estarão neste 13 de julho no 52º Congresso da UNE. Os míticos estudantes não estão nas ruas porque empenhados em seus protestos a favor. Você tem ciência, meu caro Juan, de algum outro país do mundo em que se fazem protestos a favor do governo? Talvez na Espanha fascista que seus pais conheceram, felizmente vencida pela democracia. Certamente na Cuba comuno-fascistóide dos irmãos Castro e na tirania síria. E no Brasil. Por quê?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Porque a UNE é hoje uma repartição pública alimentada com milhões de reais pelo lulo-petismo. Foi comprada pelo governo por quase R$ 50 milhões. Nesse período, esses patriotas, meu caro Juan, se mobilizaram, por exemplo, contra o “Provão”, depois chamado de Enade, o exame que avalia a qualidade das universidades, mas não moveram um palha contra o esbulho que significa, NA FORMA COMO EXISTE, o ProUni, um programa que já transferiu bilhões às mantenedoras privadas de ensino, sem que exista a exigência da qualidade. Não se esqueça de que a UNE, durante o mensalão, foi uma das entidades que protestaram contra o que a canalha chamou “golpe da mídia”. Vale dizer: a entidade saiu em defesa de Delúbio Soares, de José Dirceu, de Marcos Valério e companhia. Um de seus ex-presidentes e então um dos líderes das manifestações que resultaram na queda de Fernando Collor é hoje senador pelo PT do Rio e defensor estridente dos malfeitos do PT. Apontá-los, segundo o agora conservador Lindbergh Farias, é coisa de conspiração da “elites”. Os antigos caras-pintadas têm hoje é a cara suja; os antigos caras-pintadas se converteram em verdadeiros caras-de-pau.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><strong>Centrais sindicais</strong></span><br />
<span style="color: black;">O que alguns chamam “povo”, Juan, chegaram, sim, a protestar em passado nem tão distante, no governo FHC. Lá estava, por exemplo, a sempre vigilante CUT. Foi à rua contra o Plano Real. E o Plano Real era uma coisa boa. Foi à rua contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. E a Lei de Responsabilidade Fiscal era uma coisa boa. Foi à rua contra as privatizações. E as privatizações eram uma coisa boa. Saiba, Juan, que o PT votou contra até o Fundef, que era um fundo que destinava mais recursos ao ensino fundamental. E onde estão hoje a CUT e as demais centrais sindicais?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Penduradas no poder. Boa parte dos quadros dos governos Lula e Dilma vem do sindicalismo — inclusive o ministro que é âncora dupla da atual gestão: Paulo Bernardo (Comunicações), casado com Gleisi Hoffmann (Casa Civil). O indecoroso Imposto Sindical, cobrado compulsoriamente dos trabalhadores, sejam sindicalizados ou não, alimenta as entidades sindicais e as centrais, que não são obrigadas a prestar contas dos milhões que recebem por ano. Lula vetou o expediente legal que as obrigava a submeter esses gastos ao Tribunal de Contas da União. Os valentes afirmaram, e o Apedeuta concordou, que isso feria a autonomia das entidades, que não se lembraram, no entanto, de serem autônomas na hora de receber dinheiro de um imposto.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Há um pouco mais, Juan. Nas centrais, especialmente na CUT, os sindicatos dos empregados das estatais têm um peso fundamental, e eles são hoje os donos e gestores dos bilionários fundos de pensão manipulados pelo governo para encabrestar o capital privado ou se associar a ele — sempre depende do grau de rebeldia ou de “bonomia”do empresariado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">O MST, A UNE E OS SINDICATOS NÃO ESTÃO NAS RUAS CONTRA A CORRUPÇÃO, MEU CARO JUAN, PORQUE SÃO SÓCIOS MUITO BEM-REMUNERADOS DESSA CORRUPÇÃO. E fornecem, se necessário, a mão-de-obra para o serviço sujo em favor do governo e do PT. NÃO SE ESQUEÇA DE QUE A CÚPULA DOS ALOPRADOS PERTENCIA TODA ELA À CUT. Não se esqueça de que Delúbio Soares, o próprio, veio da… CUT!</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><strong>Isso explica tudo? Ou: “Os Valores”</strong></span><br />
<span style="color: black;">Ainda não!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Ao longo dos quase nove anos de poder petista, Juan, a sociedade brasileira ficou mais fraca, e o estado ficou mais forte; não foi ela que o tornou mais transparente; foi ele que a tornou mais opaca. Em vez de se aperfeiçoarem os mecanismos de controle desse estado, foi esse estado que encabrestou entidades da sociedade civil, engajando-as em sua pauta. Até a antes sempre vigilante Ordem dos Advogados do Brasil flerta freqüentemente com o mau direito — e o STF não menos — em nome do “progresso”. O petismo fez das agências reguladoras meras repartições partidárias, destruindo-lhes o caráter.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Enfraqueceram-se enormemente os fundamentos de uma sociedade aberta, democrática, plural. Em nome da diversidade, da igualdade e do pluralismo, busca-se liquidar o debate. A Marcha para Jesus, citada por você, à diferença do que querem muitos, é uma das poucas expressões do país plural que existe de fato, mas que parece não existir, por exemplo, na imprensa. À diferença do que pretendem muitos, os evangélicos são um fator de progresso do Brasil — se aceitarmos, então, que a diversidade é um valor a ser preservado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Por que digo isso? Olhe para a sua Espanha, Juan, tão saudavelmente dividida, vá lá, entre “progressistas” e “conservadores” — para usar duas palavras bastante genéricas —, entre aqueles mais à esquerda e aqueles mais à direita, entre os que falam em nome de uma herança socialista e mais intervencionista, e os que se pronunciam em favor do liberalismo e do individualismo. Assim é, você há de convir, em todo o mundo democrático.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Veja que coisa, meu caro: você conhece alguma grande democracia do mundo que, à moda brasileira, só congregue partidos que falam uma linguagem de esquerda? Pouco importa, Juan, se sabem direito o que dizem e são ou não sinceros em sua convicção. O que é relevante é o fato de que, no fim das contas, todos convergem com uma mesma escolha: mais estado e menos indivíduo; mais controle e menos liberdade individual. Como pode, meu caro Juan, o principal partido de oposição no Brasil pensar, no fim das contas, que o problema do PT é de gestão, não de valores? Você consegue se lembrar, insisto, de alguma grande democracia do mundo em que a palavra “direita” virou sinônimo de palavrão? Nem na Espanha que superou décadas de franquismo.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><strong>Imprensa</strong><br />
Se você não conhece democracia como a nossa, Juan, sabe que, com as exceções que confirmam a regra, também não há imprensa como a nossa no mundo democrático no que concerne aos valores ideológicos. Vivemos sob uma quase ditadura de opinião. Não que ela deixe de noticiar os desmandos — dois ministros do governo Dilma caíram, é bom deixar claro, porque o jornalismo fez o seu trabalho. Mas lembre-se: nesta parte do texto, trato de valores.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Tome como exemplo o Código Florestal. Um dia você conte em seu jornal que o Brasil tem 851 milhões de hectares. Apenas 27% são ocupados pela agricultura e pela pecuária; 0,2% estão com as cidades e com as obras de infra-estrutura. A agricultura ocupa 59,8 milhões (7% do total); as terras indígenas, 107,6 milhões (12,6%). Que país construiu a agropecuária mais competitiva do mundo e abrigou 200 milhões de pessoas em apenas 27,2% de seu território, incluindo aí todas as obras de infra-estrutura? Tais números, no entanto — do IBGE, do Ibama, do Incra e da Funai — são omitidos dos leitores (e do mundo) em nome da causa!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">A crítica na imprensa foi esmagada pelo engajamento; não se formam nem se alimentam valores de contestação ao statu quo — que hoje, ora veja!, é petista. Por quê? Porque a imprensa de viés realmente liberal é minoritária no Brasil. Dá-se enorme visibilidade aos movimentos de esquerdistas, mas se ignoram as manifestações em favor do estado de direito e da legalidade. Curiosamente, somos, sim, um dos países mais desiguais do mundo, que está se tornando especialista em formar líderes que lutam… contra a desigualdade. Entendeu a ironia?</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><strong>Quem vai à rua?</strong></span><br />
<span style="color: black;">Ora, Juan, quem vai, então, à rua? Os esquerdistas estão se fartando na lambança do governismo, e aqueles que não comungam de suas idéias e que lastimam a corrupção e os desmandos praticamente inexistem para a opinião pública. Quando se manifestam, são tratados como párias. Ou não é verdade que a imprensa trata com entusiasmo os milhões da parada gay, mas com evidente descaso a marcha dos evangélicos? A simples movimentação de algumas lideranças de um bairro de classe média para discutir a localização de uma estação de metro é tratada por boa parte da imprensa como um movimento contra o… “povo”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">As esquerdas dos chamados movimentos sociais estão, sim, engajadas, mas em defender o governo e seus malfeitos. Afirmam abertamente que tudo não passa de uma conspiração contra os movimentos populares. As esquerdas infiltradas na imprensa demonizam toda e qualquer reação de caráter legalista — ou que não comungue de seus valores ditos “progressistas” — como expressão não de um pensamento diferente, divergente, mas como manifestação de atraso.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Descrevi, meu caro Juan, o que vejo. Isso tem de ser necessariamente assim? Acho que não! A quem cabe, então, organizar a reação contra a passividade e a naturalização do escândalo, na qual se empenha hoje o PT? Essa indagação merecerá resposta num outro texto, que este já vai longe. Fica para depois do meu descanso.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Do seu colega brasileiro Reinaldo Azevedo.</span></div></div><i>Por Reinaldo Azevedo</i>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-81671473804736589402011-07-21T06:42:00.000-03:002011-07-21T06:42:33.301-03:00Por que os brasileiros não reagem?<strong>Juan Arias</strong>, O Globo <br />
O fato de que em apenas seis meses de governo a presidente Dilma Rousseff tenha tido que afastar dois ministros importantes, herdados do gabinete de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva (o da Casa Civil da Presidência, Antonio Palocci - uma espécie de primeiro-ministro - e o dos Transportes, Alfredo Nascimento), ambos caídos sob os escombros da corrupção política, tem feito sociólogos se perguntarem por que neste país, onde a impunidade dos políticos corruptos chegou a criar uma verdadeira cultura de que "todos são ladrões" e que "ninguém vai para a prisão", não existe o fenômeno, hoje em moda no mundo, do movimento dos indignados.<br />
<br />
Será que os brasileiros não sabem reagir à hipocrisia e à falta de ética de muitos dos que os governam? Não lhes importa que tantos políticos que os representam no governo, no Congresso, nos estados ou nos municípios sejam descarados salteadores do erário público?<br />
<br />
É o que se perguntam não poucos analistas e blogueiros políticos.<br />
<br />
Nem sequer os jovens, trabalhadores ou estudantes, manifestaram até agora a mínima reação ante a corrupção daqueles que os governam.<br />
<br />
Curiosamente, a mais irritada diante do saque às arcas do Estado parece ser a presidente Rousseff, que tem mostrado publicamente seu desgosto pelo "descontrole" atual em áreas do seu governo e tirou literalmente - diz-se que a purga ainda não acabou - dois ministros-chave, com o agravante de que eram herdados do seu antecessor, o popular ex-presidente Lula, que teria pedido que os mantivesse no seu governo.<br />
<br />
A imprensa brasileira sugere que Rousseff começou - e o preço que terá que pagar será elevado - a se desfazer de uma certa "herança maldita" de hábitos de corrupção que vêm do passado.<br />
<br />
E as pessoas das ruas, por que não fazem eco ressuscitando também aqui o movimento dos indignados? Por que não se mobilizam as redes sociais?<br />
<br />
O Brasil, que, motivado pela chamada marcha das Diretas Já (uma campanha política levada a cabo durante os anos 1984 e 1985, na qual se reivindicava o direito de eleger o presidente do país pelo voto direto), se lançou nas ruas contra a ditadura militar para pedir eleições, símbolo da democracia, e também o fez para obrigar o ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992) a deixar a Presidência da República, por causa das acusações de corrupção que pesavam sobre ele, hoje está mudo ante a corrupção.<br />
<br />
As únicas causas capazes de levar às ruas até dois milhões de pessoas são a dos homossexuais, a dos seguidores das igrejas evangélicas na celebração a Jesus e a dos que pedem a liberalização da maconha.<br />
<br />
Será que os jovens, especialmente, não têm motivos para exigir um Brasil não só mais rico a cada dia ou, pelo menos, menos pobre, mais desenvolvido, com maior força internacional, mas também um Brasil menos corrupto em suas esferas políticas, mais justo, menos desigual, onde um vereador não ganhe até dez vezes mais que um professor e um deputado cem vezes mais, ou onde um cidadão comum depois de 30 anos de trabalho se aposente com 650 reais (300 euros) e um funcionário público com até 30 mil reais (13 mil euros).<br />
<br />
O Brasil será em breve a sexta potência econômica do mundo, mas segue atrás na desigualdade social, na defesa dos direitos humanos, onde a mulher ainda não tem o direito de abortar, o desemprego das pessoas de cor é de até 20%, frente a 6% dos brancos, e a polícia é uma das que mais matam no mundo.<br />
<br />
Há quem atribua a apatia dos jovens em ser protagonistas de uma renovação ética no país ao fato de que uma propaganda bem articulada os teria convencido de que o Brasil é hoje invejado por meio mundo, e o é em outros aspectos.<br />
<br />
E que a retirada da pobreza de 30 milhões de cidadãos lhes teria feito acreditar que tudo vai bem, sem entender que um cidadão de classe média europeia equivale ainda hoje a um brasileiro rico.<br />
<br />
Outros atribuem o fato à tese de que os brasileiros são gente pacífica, pouco dada aos protestos, que gostam de viver felizes com o muito ou o pouco que têm e que trabalham para viver em vez de viver para trabalhar.<br />
<br />
Tudo isso também é certo, mas não explica que num mundo globalizado - onde hoje se conhece instantaneamente tudo o que ocorre no planeta, começando pelos movimentos de protesto de milhões de jovens que pedem democracia ou a acusam de estar degenerada - os brasileiros não lutem para que o país, além de enriquecer, seja também mais justo, menos corrupto, mais igualitário e menos violento em todos os níveis.<br />
<br />
Este Brasil, com o qual os honestos sonham deixar como herança a seus filhos e que - também é certo - é ainda um país onde sua gente não perdeu o gosto de desfrutar o que possui, seria um lugar ainda melhor se surgisse um movimento de indignados capaz de limpá-lo das escórias de corrupção que abraçam hoje todas as esferas do poder.<br />
<br />
<br />
<br />
<strong>Juan Arias</strong> <em>é correspondente do El Pais no Brasil</em>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-40225953368305613292010-09-21T22:54:00.002-03:002010-09-21T23:00:20.507-03:00RESISTÊNCIA DEMOCRÁTICA - Personalidades lançam manifesto em defesa da democracia, do estado de direito e da liberdade de imprensa<a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/resistencia-democratica-personalidades-lancam-manifesto-em-defesa-da-democracia-do-estado-de-direito-e-da-liberdade-de-imprensa/"><span style="color: #3d85c6;">RESISTÊNCIA DEMOCRÁTICA - Personalidades lançam manifesto em defesa da democracia, do estado de direito e da liberdade de imprensa</span></a><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"></span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;">Brasileiros das mais diversas áreas lançam nesta quarta, às 12h, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, um manifesto em defesa da democracia, do estado de direito, da liberdade de imprensa e dos direitos individuais. Trata-se de um movimento apartidário. Entre os signatários iniciais do documento estão o jurista Helio Bicudo, o historiador Marco Antonio Villa, o poeta Ferreira Gullar, os atores Carlos Vereza e Mauro Mendonça, os professores José Arthur Gianotti e Leôncio Martins Rodrigues e o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Velloso.</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;">Abaixo, segue a íntegra do documento. Um bom exercício é confrontar o seu conteúdo com o manifesto que o PT e sindicalistas estão divulgando contra a liberdade de imprensa. De um lado, a civilização democrática; de outro, o flerte bom a barbárie ditatorial.</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;">Leiam e divulgue. Creio que o documento será tornado público para receber adesões:</span><br />
<span style="color: #3d85c6;">Do Blog do Reinaldo Azevedo</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;">MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA</span><br />
<br />
<span style="color: #3d85c6;">Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano.</span><br />
<br />
<span style="color: #3d85c6;">Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;">Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;">É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;">É inaceitável que a militância partidária tenha convertido os órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;">É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;">É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade.</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;">É constrangedor que o Presidente da República não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há “depois do expediente” para um Chefe de Estado. É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no “outro” um adversário que deve ser vencido segundo regras da Democracia , mas um inimigo que tem de ser eliminado.</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;">É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;">É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a expansão da telefonia e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;">É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado. É um escárnio que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário.</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;">Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para rasgar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;">Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span><br />
<span style="color: #3d85c6;">Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos.</span><br />
<span style="color: #3d85c6;"><br />
</span>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-68927579641747376042010-09-06T09:00:00.004-03:002010-09-07T06:14:32.684-03:00Vamos errar de novo? (Ferreira Gullar)<em><strong>Ferreira Gullar</strong></em><br />
<strong>Folha de São Paulo, domingo, 05 de setembro de 2010</strong><br />
<strong><a href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0509201029.htm">http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0509201029.htm</a></strong><br />
<br />
<strong>...programa de governo o PT nunca teve.</strong><br />
<strong><br />
</strong><br />
<strong>Ao chegar à presidência da República, Lula adotou os programas contra os quais batalhara anos a fio... e, agora, ameaça eleger para governar o país uma senhora, até bem pouco desconhecida de todos, que nada realizou ao longo de sua obscura carreira política.</strong><br />
<strong><br />
</strong><br />
<strong>...Dilma nada tem a mostrar, uma vez que sua candidatura é tão simplesmente uma invenção do presidente Lula, que a tirou da cartola, como ilusionista de circo que sabe muito bem enganar a plateia.</strong><br />
<strong><br />
</strong><br />
<strong>A possibilidade da eleição dela é bastante preocupante, porque seria a vitória da demagogia e da farsa sobre a competência e a dedicação à coisa pública.</strong><br />
<strong>...Dilma, o que a habilita a exercer a Presidência da República? Nada, a não ser a palavra de Lula, que, por razões óbvias, não merece crédito.</strong><br />
<strong><br />
</strong><br />
<strong>O povo nem sempre acerta. Por duas vezes, o Brasil elegeu presidentes surgidos do nada - Jânio e Collor. O resultado foi desastroso. Acha que vale a pena correr de novo esse risco?</strong>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-60813538566236938422010-08-19T11:39:00.003-03:002011-10-28T09:06:42.142-02:00A Jornada do Herói: Joseph Campbell, vida e obra (Editora Ágora)"Se trabalharmos de acordo com nossas próprias descobertas, <br />
com nossa própria realização pessoal, <br />
quem é que vai querer o nosso trabalho?<br />
<br />
Bem, podemos nos surpreender...<br />
<br />
Quando seguimos a nossa bem-aventurança, e por bem-aventurança<br />
quero dizer o profundo sentimento de se estar no caminho e fazendo <br />
aquilo que nos impele a avançar a partir de nosso próprio ser;<br />
pode não ser divertido, mas é essa a nossa bem-aventurança...<br />
<br />
Se seguirmos esse chamado, portas se abrirão onde antes <br />
nem havia portas, onde não sabíamos ser possível haver portas, <br />
e onde não haveria porta para nenhuma outra pessoa.<br />
<br />
...E isso envolve um mergulho no local profundo do seu próprio ser."<br />
<br />
<em>Joseph Campbell</em>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-60313114035914477272010-04-15T23:06:00.004-03:002010-09-11T09:47:48.151-03:00L.I.V.R.O.<a href="http://www.youtube.com/watch?v=iwPj0qgvfIs&feature=player_embedded">http://www.youtube.com/watch?v=iwPj0qgvfIs&feature=player_embedded</a><br />
<br />
Existe entre nós, muito utilizado, mas que vem perdendo prestígio por falta de propaganda dirigida, e comentários cultos, embora seja superior a qualquer outro meio de divulgação, educação e divertimento, um revolucionário conceito de tecnologia de informação.<br />
Chama-se de Local de Informações Variadas, Reutilizáveis e Ordenadas – L.I.V.R.O.<br />
<br />
L.I.V.R.O. que, em sua forma atual, vem sendo utilizado há mais de quinhentos anos, representa um avanço fantástico na tecnologia. Não tem fios, circuitos elétricos, nem pilhas. Não necessita ser conectado a nada, ligado a coisa alguma. É tão fácil de usar que qualquer criança pode operá-lo. Basta abri-lo!<br />
<br />
Cada L.I.V.R.O. é formado por uma seqüência de folhas numeradas, feitas de papel (atualmente reciclável), que podem armazenar milhares, e até milhões, de informações. As páginas são unidas por um sistema chamado lombada, que as mantém permanentemente em seqüência correta. Com recurso do TPO – Tecnologia do Papel Opaco – os fabricantes de L.I.V.R.O.S podem usar as duas faces (páginas) da folha de papel. Isso possibilita duplicar a quantidade de dados inseridos e reduzir os custos à metade!<br />
<br />
Especialistas dividem-se quanto aos projetos de expansão da inserção de dados em cada unidade. É que, para fazer L.I.V.R.O.S com mais informações, basta usar mais folhas. Isso porém os torna mais grossos e mais difíceis de ser transportados, atraindo críticas dos adeptos da portabilidade do sistema, visivelmente influenciados pela nanoestupidez.<br />
<br />
Cada página do L.I.V.R.O. deve ser escaneada opticamente, e as informações transferidas diretamente para a CPU do usuário, no próprio cérebro, sem qualquer formatação especial. Lembramos apenas que, quanto maior e mais complexa a informação a ser absorvida, maior deverá ser a capacidade de processamento do usuário.<br />
<br />
Vantagem imbatível do aparelho é que, quando em uso, um simples movimento de dedo permite acesso instantâneo à próxima página. E a leitura do L.I.V.R.O. pode ser retomada a qualquer momento, bastando abri-lo. Nunca apresenta "ERRO FATAL DE SENHA", nem precisa ser reinicializado. Só fica estragado ou até mesmo inutilizável quando atingido por líquido. Caso caia no mar, por exemplo. Acontecimento raríssimo, que só acontece em caso de naufrágio.<br />
<br />
O comando adicional moderno chamado ÍNDICE REMISSIVO, muito ajudado em sua confecção pelos computadores (L.I.V.R.O. se utiliza de toda tecnologia adicional), permite acessar qualquer página instantaneamente e avançar ou retroceder na busca com muita facilidade. A maioria dos modelos à venda já vem com esse FOFO (softer) instalado.<br />
<br />
Um acessório opcional, o marcador de páginas, permite também que você acesse o L.I.V.R.O. exatamente no local em que o deixou na última utilização, mesmo que ele esteja fechado. A compatibilidade dos marcadores de página é total, permitindo que funcionem em qualquer modelo ou tipo de L.I.V.R.O. sem necessidade de configuração. Todo L.I.V.R.O. suporta o uso simultâneo de vários marcadores de página, caso o usuário deseje manter selecionados múltiplos trechos ao mesmo tempo. A capacidade máxima para uso de marcadores coincide com a metade do número de páginas do L.I.V.R.O.<br />
<br />
Pode-se ainda personalizar o conteúdo do L.I.V.R.O., por meio de anotações em suas margens. Para isso, deve-se utilizar um periférico de Linguagem Apagável Portátil de Intercomunicação Simplificada – L.A.P.I.S.<br />
<br />
Elegante, durável e barato, L.I.V.R.O. vem sendo apontado como o instrumento de entretenimento e cultura do futuro, como já foi de todo o passado ocidental. São milhões de títulos e formas que anualmente programadores (editores) põem à disposição do público utilizando essa plataforma.<br />
<br />
E, uma característica de suprema importância: L.I.V.R.O. não enguiça!<br />
<br />
<a href="http://veja.abril.com.br/061206/millor.html">http://veja.abril.com.br/061206/millor.html</a>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-77337686840224824412009-09-24T10:37:00.003-03:002009-09-24T10:48:31.597-03:00<span style="font-size:130%;color:#000099;">PRIMEIROS CANTOS (PRÓLOGO)</span>
<br /><em><span style="color:#000099;"></span></em>
<br /><em><span style="color:#000099;">Gonçalves Dias
<br /></span>
<br /></em><em></em><span style="color:#000099;">Dei o nome de Primeiros Cantos às poesias que agora publico, </span>
<br /><span style="color:#000099;">porque espero que não serão as últimas.
<br />Muitas delas não têm uniformidade nas estrofes, porque </span>
<br /><span style="color:#000099;"><strong>menosprezo regras de mera convenção</strong>; adotei todos os ritmos </span>
<br /><span style="color:#000099;">da metrificação portuguesa, e <strong>usei deles como me pareceram </strong></span>
<br /><span style="color:#000099;"><strong>quadrar melhor com o que eu pretendia exprimir</strong>.</span>
<br /><span style="color:#000099;">
<br />Não têm unidade de pensamento entre si, porque foram compostas </span>
<br /><span style="color:#000099;">em épocas diversas - debaixo de céu diverso - e sob a influência de </span>
<br /><span style="color:#000099;">impressões momentâneas. Foram compostas nas margens viçosas </span>
<br /><span style="color:#000099;">do Mondego e nos píncaros enegrecidos do Gerez - no Doiro e no Teia - </span>
<br /><span style="color:#000099;">sobre as vagas do Atlântico, e nas florestas virgens da América. </span>
<br /><span style="color:#000099;"><strong>Escrevi-as para mim, e não para os outros; contentar-me-ei, </strong></span>
<br /><span style="color:#000099;"><strong>se agradarem; e se não... é sempre certo que tive o prazer de </strong></span>
<br /><span style="color:#000099;"><strong>as ter composto.</strong></span>
<br /><span style="color:#000099;"><strong>
<br />Com a vida isolada que vivo, gosto de afastar os olhos de
<br />sobre a nossa arena política para ler em minha alma,
<br />reduzindo à linguagem harmoniosa e cadente o pensamento
<br />que me vem de improviso, e as idéias que em mim desperta
<br />a vista de uma paisagem ou do oceano - o aspecto enfim
<br />da natureza. Casar assim o pensamento com o sentimento -
<br />o coração com o entendimento - a idéia com a paixão -
<br />cobrir tudo isto com a imaginação, fundir tudo isto com a
<br />vida e com a natureza, purificar tudo com o sentimento da
<br />religião e da divindade, eis a Poesia - a Poesia grande e
<br />santa - a Poesia como eu a compreendo sem a poder definir,
<br />como eu a sinto sem a poder traduzir.</strong>
<br /></strong>
<br />O esforço - ainda vão - para chegar a tal resultado é sempre digno
<br />de louvor; talvez seja este o só merecimento deste volume.
<br />O Público o julgará; <span style="font-size:85%;">tanto melhor se ele o despreza, porque o Autor</span></span>
<br /><span style="color:#000099;"><span style="font-size:85%;">interessa </span><span style="font-size:85%;">em acabar com essa vida desgraçada, que se diz de Poeta</span>. </span>
<br /></span>
<br /><span style="color:#000099;">Rio de Janeiro, julho de 1846.</span>
<br />A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-73580058729466085912009-05-02T08:41:00.005-03:002009-05-02T08:49:12.988-03:00"Não é possível dar google em tudo"<span style="font-size:130%;"><span style="color:#000099;">"Não é possível dar um google em tudo </span></span><br /><span style="font-size:130%;"><span style="color:#000099;">e achar que assim se está informado.<br />A internet está cheia de lixo".<br /><em>Gay Talese</em></span><br /></span><br />Ao lado do cientista Richard Dawkins, Talese é um dos principais<br />destaques da Festa Literária Internacional de Paraty, que acontece<br />de 1º a 5 de julho. Desde os anos 50, está na ativa e é um dos<br />expoentes do chamado "new journalism" -não-ficção apresentada<br />com vestimenta literária. É autor de clássicos do gênero, como<br />"A Mulher do Próximo" (2002), e "O Reino e o Poder" (2000).<br />Atuou no "New York Times", na "Esquire" e em outras publicações.<br /><br />Agora, o jornalista tem "Vida de Escritor", livro de 2006,<br />lançado no Brasil. A obra traz histórias sobre como algumas<br />de suas reportagens foram feitas, sua busca por inspiração<br />e sugere elementos em comum a grande parte delas.<br /><br /><br /><em>Da Folha de São Paulo, em 02/05/2009</em>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-45785642901962414522009-04-11T19:12:00.001-03:002009-04-11T19:13:53.233-03:00Frases de Joseph Campbell<span style="font-size:130%;color:#3333ff;">O privilégio de toda uma vida é ser aquele que nascemos para ser.<br /><br />Siga a sua bem-aventurança, lá onde há um profundo sentido do seu ser, lá onde seu corpo e sua alma querem ir.<br /><br />Encontre a paixão da sua vida e siga-a, siga o caminho que não é caminho.<br /><br />Quando tiver essa sensação, fique aí e não deixe ninguém arrancá-lo desse lugar. E portas se abrirão onde antes não havia portas e você sequer imaginava que pudesse haver.</span>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-28114984003530451812009-03-15T09:23:00.003-03:002009-03-15T09:41:12.752-03:00Trecho de entrevista de Joseph Campbell"Quando não se tem emprego, ou então alguém que diga o que se deve fazer, é preciso fixar um horário para si mesmo. Dividi o dia em quatro períodos de quatro horas. Em cada um deles eu passava três horas lendo e dispondo de tempo livre na hora seguinte.<br /><br />Eu lia o que queria, e um livro me levava ao seguinte. Foi a forma que encontrei para me disciplinar. Tenho sugerido isso a muitos dos meus alunos. Quando você encontrar um escritor que realmente estiver dizendo algo a você, leia tudo o que ele tiver escrito. Assim você estará adquirindo instrução maior e aprofundando seus conhecimentos, em vez de ficar lendo apenas um pouco disso e daquilo.<br /><br />Procure então quais foram as pessoas que influenciaram esse escritor, ou que estavam relacionadas a ele, e o seu próprio mundo vai se construindo de maneira orgânica, que é realmente maravilhosa. Ao passo que, do jeito que essas coisas são normalmente ensinadas na faculdade e nas escolas, elas constituem apenas um exemplo do que este ou aquele escreveu, e o que exigem é que você se interesse mais pela data de publicação dos sonetos de Keats do que pelo seu conteúdo.<br /><br />Lembro-me de que não havia ninguém que pudesse me dizer o que eu deveria ler e foi assim que comecei a juntar essas coisas....<br />Eu não precisei escrever uma tese. Não precisei escrever nada. Tudo o que eu fazia era sublinhar sentenças e tomar notas. É engraçado, passei cerca de quarenta anos tomando notas - tenho catorze gavetas cheias de arquivos com anotações - e agora não mexo mais nelas. A coisa me vem dessa maneira.<br /><br />Portanto, quando não se tem emprego e está lendo por conta própria, vão surgindo questões psicológicas profundas. Tão profundas quanto as de um garotinho... Então, uma coisa engraçada aconteceu quando assumi o cargo <em>(de professor numa faculdade)</em> - todos os meus problemas psicológicos literalmente desapareceram."<br /><br /><em>A jornada do herói: Joseph Campbell - Vida e obra</em><br /><em>Editora Ágora</em>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-30373980140931484562009-03-10T13:30:00.004-03:002009-03-10T13:33:57.699-03:00NORONHA<div align="center"></div><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyGQ1hdkGjNJFK9GpMwjHl302R7GccYM5eQEhYpNkiP4qomH1liBFHSLTTthY3gvYOOto1SQpjiZFkHXBveQbEAKFk8bo7gPqoYKO2Oz6_YqGTuX4d6mzbt77L8bAb3cEur0xewQnuQssX/s1600-h/Mergulho.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5311597507195352546" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyGQ1hdkGjNJFK9GpMwjHl302R7GccYM5eQEhYpNkiP4qomH1liBFHSLTTthY3gvYOOto1SQpjiZFkHXBveQbEAKFk8bo7gPqoYKO2Oz6_YqGTuX4d6mzbt77L8bAb3cEur0xewQnuQssX/s320/Mergulho.jpg" border="0" /></a><span style="color:#9999ff;"> </span></div><div align="center"><span style="font-size:130%;color:#9999ff;">Lindo até debaixo d'água!</span> </div>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-49386117202809286702009-02-16T20:18:00.002-03:002009-02-16T20:42:10.131-03:00Dois solteiros em NoronhaCarnaval de 2009!<br />Dois solteiros em Fernando de Noronha.<br />Idade média da dupla: 26 anos.<br /><br />Praias e mergulho.<br />Mais do que peixes,<br />duas sereias querem encontrar.<br /><br />Idade média, 26.<br />Meu filho tem onze.<br />Eu, quarenta e um.<br /><br /><br /><em>Chico Pereira</em><br /><em></em><br /><em></em>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-7779515665319332752009-02-14T18:13:00.004-02:002009-02-16T22:09:58.177-03:00Robert Happé<a href="http://www.blogger.com/%3Cembed%20id=%22VideoPlayback%22%20src=%22http://video.google.com/googleplayer.swf?docid=1762327500733359104&hl=pt-BR&fs=true">Depoimento de Robert Happé</a><br />Autor de "Consciência é a Resposta"<br />(Clique acima para ver o vídeo)<br /><br />Robert Happé nasceu em Amsterdã, Holanda. Estudou religiões e filosofias na Europa e dedicou-se desde então a descobrir o significado da vida. Estudou também Vedanta, Budismo e Taoísmo no Oriente durante 14 anos, tendo vivido e trabalhado com nativos de diferentes culturas de cada região onde esteve - Índia, Tibet, Camboja e Taiwan.<br /><br />Em seu retorno à Europa, sentiu necessidade de compartilhar o conhecimento adquirido e suas experiências de consciência. A partir daí, trabalhou em várias universidades, e tem trabalhado continuamente com grupos de pessoas interessadas em autoconhecimento e desenvolvimento de seus próprios potenciais como seres criadores.<br /><br />Desde 1987 vem compartilhando informações em forma de seminários e workshops em países da Europa, na África do Sul, nos EUA, na Austrália, e no Brasil.<br /><br />Seu trabalho é independente, estando desvinculado, sob todo e qualquer aspecto, de organizações religiosas, seitas, cultos e outros grupos.<br /><br /><a href="http://www.roberthappe.net/">http://www.roberthappe.net/</a>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-38012931288701254752008-12-22T08:44:00.001-02:002008-12-22T09:07:47.924-02:00<span style="color:#000099;">"A verdadeira grandeza de um homem reside </span><br /><br /><span style="color:#000099;">na consciência de um propósito honesto na vida, </span><br /><br /><span style="color:#000099;">alicerçado numa estimativa justa de sua pessoa e de tudo o mais; </span><br /><br /><span style="color:#000099;">num freqüente auto exame, </span><br /><br /><span style="color:#000099;">numa firme obediência às regras por ele tidas como certas, </span><br /><br /><span style="color:#000099;">sem perturbar-se com o que os outros possam vir a pensar ou dizer, </span><br /><br /><span style="color:#000099;">ou com fazerem elas, ou não, aquilo que ele pensa, diz e faz."</span><br /><br /><span style="color:#000099;"></span><br /><br /><em><span style="color:#000099;">Marco Aurélio</span></em>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-14915357801265762862008-11-27T10:34:00.003-02:002008-12-01T12:55:35.737-02:00<span style="color:#3366ff;">"Uma das coisas mais difíceis que você vai ter de fazer </span><br /><span style="color:#3366ff;">- e deveria ser a mais simples- é ser você, </span><br /><span style="color:#3366ff;">descobrir quem você é e o que tem para partilhar. </span><br /><span style="color:#3366ff;">E depois dedicar-se ao processo de se desenvolver, </span><br /><span style="color:#3366ff;">de modo que possa dar isso a todos os outros, </span><br /><span style="color:#3366ff;">pois esse é o único motivo no mundo para ter alguma coisa." </span><br /><span style="color:#3366ff;"></span><br /><span style="color:#3366ff;">"Quando você morrer e for ter com o seu Criador, </span><br /><span style="color:#3366ff;">não vão lhe perguntar por que não se tornou um messias </span><br /><span style="color:#3366ff;">ou descobriu a cura do câncer. </span><br /><span style="color:#3366ff;">Só vão lhe perguntar por que você não se tornou VOCÊ? </span><br /><span style="color:#3366ff;">Por que não se tornou TUDO o que É?" </span><br /><br /><span style="color:#3366ff;"></span><br /><span style="color:#3366ff;">"O importante é sacrificar aquilo que somos </span><br /><span style="color:#3366ff;">para ser aquilo que podemos vir a ser."</span><br /><span style="color:#3366ff;"><em>Charles Dubois</em></span>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-82546409466152957212008-11-08T08:14:00.004-02:002008-11-17T16:43:33.369-02:00DEUS É UMA QUESTÃO DE FÉDeus é uma questão de fé.<br />A ciência não pode provar que Ele existe, nem que não existe.<br />Grandes teólogos, filósofos, místicos e cientistas não chegaram<br />a uma prova conclusiva de que Deus existE ou não.<br /><br />Deus é como o Amor.<br />A ciência pode provar as reações bioquimicas no cérebro<br />e no organismo de quem sente amor, mas não pode<br />PROVAR QUE O AMOR EXISTE.<br /><br />Eu vejo o AMOR assim como DEUS: alguns sentem, outros não.<br />Eu vejo DEUS assim como o AMOR: alguns acreditam, outros não.<br /><br />Gosto da expressão "A Energia que alguns chamam Deus",<br />porque acho que atende a ateus e crentes.<br /><br />Quando Jung foi perguntado por um repórter da BBC<br />se acreditava em Deus, respondeu:<br />-Eu sei!<br /><br /><em>Chico Pereira</em>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-91864330480766270552008-10-04T05:58:00.000-03:002008-10-04T06:01:23.309-03:00Não se fala como se escreveLíngua escrita e oral<br /><br /><br /><em>Alfredina Nery</em><br /><br /><br /><strong>"Português é fácil de aprender porque é uma língua que se escreve exatamente como se fala."</strong><br /><br /><br /><br />Pois é. <em>U purtuguêis é muinto fáciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di ri quandu a genti discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im purtuguêis não. É só prestátenção. U alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevi muinto diferenti. Qui bom qui a minha língua é u purtuguêis. Quem soubé falá sabi iscrevê</em>.<br /><br /><br /><br />O comentário é do humorista Jô Soares, para a revista Veja. Ele brinca com a diferença entre o português falado e escrito. Na verdade, em todas as línguas, as pessoas falam de um jeito e escrevem de outro. A fala e a escrita são duas modalidades diferentes da língua e é com esse fato que o Jô brincou.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><em>Alfredina Nery</em> - Professora universitária, consultora pedagógica e docente de cursos de formação continuada para professores na área de língua/linguagem/leitura.A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-31879740824048677202008-09-08T18:44:00.002-03:002008-09-08T19:57:33.193-03:00Sobre a Vírgula<strong>Campanha dos 100 anos da ABI </strong><br /><strong>(Associação Brasileira de Imprensa). </strong><br /><strong></strong><br /><strong>Vírgula pode ser uma pausa... ou não. </strong><br />Não, espere.<br />Não espere.<br /><strong></strong><br /><strong>Ela pode sumir com seu dinheiro. </strong><br />23,4.<br />2,34.<br /><br /><strong>Pode ser autoritária.</strong><br /><strong></strong>Aceito, obrigado.<br />Aceito obrigado.<strong> </strong><br /><strong></strong><br /><strong>Pode criar heróis. </strong><br />Isso só, ele resolve.<br />Isso só ele resolve.<br /><br /><strong>E vilões. </strong><br />Esse, juiz, é corrupto.<br />Esse juiz é corrupto.<br /><br /><strong>Ela pode ser a solução. </strong><br />Vamos perder, nada foi resolvido.<br />Vamos perder nada, foi resolvido.<strong> </strong><br /><strong></strong><br /><strong>A vírgula muda uma opinião. </strong><br />Não queremos saber.<br />Não, queremos saber.<strong> </strong><br /><strong></strong><br /><strong>Uma vírgula muda tudo. </strong><br />ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.<br /><strong></strong><br /><strong>SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA. </strong><br />Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.<br />Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-89455152451736198712008-07-29T23:38:00.004-03:002009-04-11T19:37:41.067-03:00<span style="color:#6666cc;"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:180%;"><strong>"Com o que sei</strong></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:180%;"><strong></strong></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:180%;"><strong>posso escrever um livro.</strong></span><br /><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:180%;"></span></strong><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:180%;"><strong>Com o que não sei </strong></span><br /><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:180%;"></span></strong><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:180%;"><strong>pode-se escrever uma biblioteca."</strong></span><br /><br /><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:180%;"><em><strong>Anônimo</strong></em></span></span>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-60213426498291783582008-05-31T08:24:00.001-03:002008-05-31T09:42:36.298-03:00<strong>Um dia olhei por dentro do meu olhar.<br /><br />No primeiro instante estava tudo escuro e silencioso.<br /><br />Mas pouco depois pude ver...<br /><br />e encontrei alguém lá dentro do olhar.<br /><br /><br /><br />Alguém que ali vivia sem ter seu nome na carteira de identidade.<br /><br />Alguém que apesar da experiência sente-se como um ser novo a cada dia,<br /><br />descobrindo coisas, aprendendo na dor, conhecendo o amor,<br /><br />explorando a sabedoria de pessoas e livros e olhando tudo<br /><br />como se fosse a primeira vez.<br /><br />E se apaixonando por tudo como se fosse à primeira vista.<br /><br /><br /><br />Lá dentro do olhar vi uma outra eu.<br /><br />Essa que nem eu mesmo conhecia.<br /><br />Eu sou ela dentro do olhar.<br /><br />Ela sou eu, me deixando encontrar.<br /><br /><br /><br /></strong><em><strong>Anilez Rá<br /></strong></em>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1119559408278137025.post-50902869771501621942008-05-24T21:50:00.002-03:002008-05-24T21:54:41.336-03:00O EDUCADOR (Rubem Alves)"O estudo da gramática não faz poetas.<br />O estudo da harmonia não faz compositores.<br />O estudo da psicologia não faz pessoas equilibradas.<br />O estudo das "ciências da educação" não faz educadores.<br />Educadores não podem ser produzidos. Educadores nascem.<br />O que se pode fazer é ajudá-los a nascer.<br />Para isso eu falo e escrevo:<br />para que eles tenham coragem de nascer.<br /><br />Quero educar os educadores. E isso me dá grande prazer<br />porque não existe coisa mais importante que educar.<br />Pela educação o indivíduo se torna mais apto para viver:<br />aprende a pensar e a resolver os problemas práticos da vida.<br />Pela educação ele se torna mais sensível e mais rico interiormente,<br />o que faz dele uma pessoa mais bonita, mais feliz<br />e mais capaz de conviver com os outros".<br /><br /><br /><em>Rubem Alves</em>A Minha Buscahttp://www.blogger.com/profile/18126884472416033558noreply@blogger.com1